A demência frontotemporal já foi chamada de Pick e atinge partes específicas do cérebro denominadas de lobos frontais, por isso, a sua nomeação. Os distúrbios causados levam a alteração de personalidade e comportamento assim como dificuldade na compreensão e reprodução da fala.
Os seus sintomas são muito parecidos com o Alzheimer, mas não são exatamente os mesmos e diferem especialmente na fase em que atingem as pessoas, sendo mais comum que os casos apareçam entre 40 e 60 anos. A evolução da doença leva a delírios e alucinações – ao contrário de outras demências como o Alzheimer que afetam criticamente a memória.
Infelizmente, a demência frontotemporal não possui cura. Porém, tratamentos com medicamentos diminuem e estabilizam os sintomas comportamentais, de linguagem e coordenação motora. Dessa maneira, a utilização de anticonvulsivantes, antidepressivos e antiepiléticos aumentam a qualidade e a expectativa de vida.
É importante entender que o processo de envelhecimento leva a uma diminuição natural das funções cognitivas, mas muitos idosos podem estar sofrendo de alguma síndrome ou demência como a frontotemporal. Por isso, o acompanhamento médico e avaliação minuciosa diante dos primeiros sinais é fundamental para diagnóstico e tratamentos precoces, possibilitando que o idoso mantenha sua autonomia pelo maior tempo possível.