A automedicação é muito comum e isso não seria diferente com pessoas idosas. Entretanto, essa prática pode ser muito danosa à nossa saúde e até mesmo fatal.
Em primeiro lugar, é preciso entender que os medicamentos agem de formas diferentes em cada organismo. Assim, um remédio que funcionou bem para você durante a juventude ou que ainda funciona para um vizinho ou vizinha idosa pode lhe fazer mal.
Além disso, pessoas idosas geralmente possuem comorbidades, isto é, a presença de mais de uma doença ao mesmo tempo, como diabetes ou hipertensão, e tomam diversos medicamentos. Por isso, há ainda mais perigo para pessoas idosas com a automedicação, pois incluir um remédio não prescrito por um médico é arriscado já que ele pode interagir com os outros medicamentos.
Por exemplo, analgésicos podem diminuir o efeito de um medicamento utilizado para tratar pressão alta ou a diabetes e colocar o idoso em risco. E medicamentos para dor no estômago, se usados por muito tempo, podem reduzir a absorção de substâncias como o ferro e cálcio, levando à anemia e osteoporose.
Depois, com o envelhecimento, o nosso corpo passa por diversas mudanças, e há uma diminuição na função do fígado e dos rins, os principais órgãos envolvidos no metabolismo e eliminação de substâncias. Desta forma, um medicamento que age de uma forma em uma pessoa jovem irá agir diferente e permanecer no corpo da pessoa idosa por muito mais tempo, o que pode acarretar em diversos problemas.
Por fim, a automedicação é perigosa, pois além dos fatos citados acima, ela ocorre de forma tão natural que muitas vezes os pacientes esquecem de contar ao médico quais medicamentos estão sendo usados, o que pode dificultar um diagnóstico ou tratamento.
Dessa forma, por mais comum que seja, o ideal é evitar a automedicação, especialmente se você já está na terceira idade, e procurar o seu médico para qualquer necessidade.