O Alzheimer é um tipo de demência que gera uma diminuição lenta e progressiva das funções mentais, isto é, ele leva à alteração da cognição, comportamento e até da personalidade, não apenas da memória. A doença de Alzheimer não tem cura, entretanto, os seus sintomas podem ser tratados e a avaliação médica para um diagnóstico precoce pode dar muito mais qualidade de vida ao doente.
Antes de continuarmos, é importante salientar que o diagnóstico definitivo só pode ser dado com certeza absoluta após exame do tecido cerebral em biópsia ou autópsia. Dessa forma, o diagnóstico é dado através de histórico pessoal, familiar, testes psicológicos e exclusão de outras doenças mentais.
Enfim, pode ser difícil perceber a diferença entre mudanças naturais do processo de envelhecimento dos primeiros sinais do Alzheimer. Por exemplo, a perda de memória é algo natural do envelhecimento, entretanto, ao agravar-se e perturbar o cotidiano, sendo necessário o auxílio constante de outros membros da família para lembrar de algo que habitualmente era lembrado, pode ser um sinal de Alzheimer.
A perda da noção de tempo e desorientação é outro sinal do Alzheimer. A pessoa passa a perder a noção de datas, estações do ano e da passagem de tempo e até mesmo de onde ela está ou como chegou lá.
Outro sinal do Alzheimer é a dificuldade de planejar ou resolver problemas, especialmente quando eram coisas da rotina diária. Assim, a pessoa começa a ter muitas dificuldades para trabalhar com números, seguir uma receita familiar ou gerir as suas contas, levando muito mais tempo para realizar atividades que fazia com relativa velocidade.
A dificuldade de executar uma tarefa habitual e que sempre realizou também é um sinal de Alzheimer. Por exemplo, a pessoa com Alzheimer pode ser incapaz de preparar refeições, esquecer-se de que já comeu ou ter muitas dificuldades para chegar a um local conhecido.
Esses são alguns sinais que podem ajudar no diagnóstico precoce do Alzheimer, mas há outros, como problemas de linguagem, dificuldade em perceber imagens visuais e relações especiais, trocar o lugar das coisas, isolamento social, e alterações de humor e personalidade. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para diferenciar o processo de envelhecimento natural do surgimento de uma demência como o Alzheimer, já que muitos desse sinais podem ser confundidos e variar de uma pessoa para a outra.